Rentabilidade do Plano BD
O Plano de Benefícios Previdenciários BDMG, que é composto pelos segmentos de Renda Fixa, Renda Variável, Investimentos Estruturados, Imóveis e Operações com Participantes, apresentou em 2015 um retorno de 12,23%, representando uma diferença sobre sua meta atuarial (16,71%, equivalente a IPCA+5,64%) de -4,47 pontos percentuais. Cabe destacar que o retorno total do Plano BD é explicado pelo resultado de cada segmento de acordo com seu respectivo percentual de alocação, descritos nos quadros abaixo:
*Para efeitos do cálculo atuarial o IPCA possui um mês de defasagem
Explicando as rentabilidades por segmento:
O segmento de Renda Fixa, que representa 81% do total dos recursos do plano, é composto na sua maioria por aplicações em títulos públicos federais (NTN-B) que rendem inflação (IPCA) + juros. Seu retorno em 2015 (16,35%) não atingiu a meta atuarial (16,71%) porque os recursos necessários para pagamento dos benefícios, que precisam estar líquidos, estão alocados em aplicações indexadas à Selic e estas aplicações pagaram juros reais de apenas 2,60% no ano. Este valor é explicado pela diferença entre a Selic (13,27%) e o elevado IPCA acumulado em 2015 (10,67%).
O segmento de Renda Variável teve sua exposição fortemente reduzida ao longo do 1º semestre, o que minimizou seu impacto negativo na rentabilidade global do plano.
Já no segmento de Investimentos Estruturados, cabe destacar uma reavaliação de ativos (FIP Minas Gerais) ocorrida no mês de junho, que impactou a rentabilidade do plano em -0,83 pontos percentuais – sem esta reavaliação, o retorno do segmento em 2015 seria de 14,49% e do plano de 13,06%.
O segmento de Imóveis, que corresponde a 5,5% do total dos recursos do plano, apresentou rentabilidade de apenas 2,18% no ano, ficando abaixo do mínimo atuarial em 14,52 pontos percentuais. Aqui merece destaque o fato da rentabilidade dos imóveis não ter um comportamento linear, pois seu retorno está fortemente relacionado à valorização/desvalorização do bem.
Por fim, o segmento de Operações com Participantes apresentou retorno 4,33 p.p. acima da meta atuarial, refletindo os juros contratados nos empréstimos.
Considerando que a inflação de 2015 medida pelo IPCA ficou muito acima da meta, que a expectativa para 2016 também é de uma inflação alta e que a Selic não pagará juros reais no patamar dos juros atuariais, buscaremos aumentar a alocação dos recursos em ativos indexados à inflação, com objetivo de atender as necessidades do plano de acordo com suas características e uma maior aderência em relação à meta atuarial.
Rentabilidade do Plano CV
O Plano de Benefícios Previdenciários CV, que é composto pelos segmentos de Renda Fixa, Renda Variável, Investimentos Estruturados e Operações com Participantes, apresentou em 2015 um retorno de 12,74%, representando uma diferença sobre sua Meta (14,90%, equivalente a IPCA+4,00%) de -2,16 pontos percentuais. Cabe destacar que o retorno total do plano é explicado pelo resultado de cada segmento x seu percentual de alocação, descritos nos quadros abaixo:
*Para efeitos do cálculo atuarial o IPCA possui um mês de defasagem
Explicando as rentabilidades por segmento:
O segmento de Renda Fixa, que representa 88% do total dos recursos do plano, apresentou retorno de 13,11%. Dentro deste segmento, 66% da alocação é em títulos públicos federais (NTN-B) indexados a inflação (IPCA) e cerca de um terço destes títulos estão marcados a mercado.
Estes títulos marcados a mercado foram comprados com taxa média de IPCA + 6,58% a.a. e apresentaram desempenho negativo no ano em função do aumento das taxas de juros reais ocorridas no 2º semestre de 2015, que fecharam próximas de 7,24%. Esta alocação tem como objetivo aproveitar uma oportunidade de venda desses títulos antes do vencimento com um elevado retorno, que deverá ocorrer em função da redução dessas taxas com a melhoria das condições políticas e econômicas do país. Vale destacar que se estes papéis não forem vendidos antes do vencimento o retorno obtido será equivalente à taxa contratada na compra, que é bem acima da meta do plano.
O segmento de Renda Variável teve sua exposição reduzida gradativamente ao longo do ano, passando de 3,6% para 0,4% do total dos recursos do plano, o que minimizou o impacto negativo na rentabilidade global do plano.
Já no segmento de Investimentos Estruturados, o retorno abaixo da meta do plano em 1,69% é explicado pelo retorno de um fundo multimercado que ficou abaixo do esperado.
Por fim, o segmento de Operações com Participantes apresentou retorno 6,61% acima da meta do plano, refletindo os juros contratados nos empréstimos.
Importante destacar que este plano está em fase inicial de captação de recursos, possui um pequeno número de participantes e, como consequência, um saldo de reservas ainda muito baixo. Ainda assim temos conseguido diversificar os investimentos com o objetivo de agregar maior valor no longo prazo. No entanto, cabe ressaltar que embora o objetivo desses investimentos seja agregar maior valor aos resultados futuros algumas aplicações trazem volatilidade aos resultados presentes quando marcados a mercado, como por exemplo, as NTN-Bs que são títulos com composição de taxa pré-fixada e que, mesmo com uma taxa de juros que vai gerar um ganho adicional sobre a expectativa de retorno do plano, pode trazer resultados negativos em alguns meses ou anos. Mantendo esta filosofia em 2016, daremos continuidade ao processo de alocação dos recursos com base nas características atuais do plano e na sua política de investimentos.